google.com, pub-5297207495539601, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Vila Espanca: Dívidas não saldadas levam o fisco a penhorar o pavilhão do U.D.V.

Dívidas não saldadas levam o fisco a penhorar o pavilhão do U.D.V.

As dificuldades do União Desportiva Vilafranquense (UDV) em pagar as dívidas ao fisco vai levar as finanças a penhorar, em breve, o pavilhão do clube, situado no jardim municipal Constantino Palha, em Vila Franca de Xira.


A informação foi avançada a O MIRANTE pelo presidente da colectividade, Joaquim Pedrosa, que continua a ter esperança no futuro e ainda acredita que será possível “não deixar morrer” o vilafranquense, que tem dívidas a fornecedores, finanças e Segurança Social na casa dos dois milhões de euros.

“É evidente que se não houver receitas para pagar ao fisco em princípio o clube será alvo de penhora, o que já está a acontecer com o pavilhão. É o único bem que nós temos e quando existe uma dívida é o que acontece. Já temos a informação que vai ser penhorado”, lamenta o dirigente, mantendo mesmo assim uma tónica de esperança no discurso. As dívidas ao fisco vêm do tempo das anteriores direcções e dizem respeito a valores de IVA e IRC declarados mas alegadamente nunca entregues ao fisco.

Quando a actual direcção tomou posse fez um levantamento da situação financeira do clube e constatou que o UDV devia cerca de três milhões e meio de euros. Algumas dívidas foram amortizadas, outras perdoadas mas ainda restam 700 mil euros às finanças, 300 mil à Segurança Social e outros pagamentos a ex-jogadores e treinadores do clube que têm de ser saldados. “Aprovámos há uns anos um processo extrajudicial de conciliação entre o fisco, a Segurança Social e o clube, no sentido de pagarmos a dívida a prestações e haver um perdão. Isso foi conseguido mas infelizmente essa luta está em perigo porque o plano de pagamentos que se iniciava em Outubro do ano passado com uma amortização mensal na ordem dos 13 mil euros não está a ser cumprido porque não conseguimos gerar essas receitas”, lamenta Joaquim Pedrosa.

A criação de uma bomba de gasolina é a única maneira encontrada pelo clube de gerar receitas que permitam equilibrar as suas contas. Actualmente os 500 atletas do UDV representam para o clube gastos mensais na ordem dos 10 mil euros. Chegou a estar inicialmente prevista a cedência, por parte da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, de um terreno no Bom Retiro para a instalação da bomba, mas várias complicações meteram a ideia na gaveta. Agora é vez de um novo projecto ser considerado. Desta vez a bomba será criada no próprio complexo do campo do Cevadeiro, junto à Estrada Nacional 10 e poderá arrancar até ao final do ano (ver caixa). Em Outubro chega ao fim mais um mandato da actual direcção encabeçada por Joaquim Pedrosa. O dirigente ainda não decidiu se vai ou não continuar a gerir os destinos do clube.

“Reforçámos a ligação da cidade ao UDV e aumentámos o número de atletas. Na organização o clube deu passos importantes neste último ano e no campo desportivo está tudo a correr bem, quer no futebol sénior quer nas restantes modalidades. A adesão ao futebol é grande, estamos em todos os escalões, o basquetebol recomenda-se e continua numa onda de grande visibilidade, com o aumento do número de atletas. Na patinagem temos tido grandes resultados e o Muay Thai já nos deu uns campeões da Europa. Também o hóquei deu um salto extraordinário. Em dois anos já temos mais de meia centena de atletas. Queria ver se chegava ao fim do mandato sem deixar morrer o clube”, refere Joaquim Pedrosa, que garante que gostava de “ter conseguido reduzir mais a dívida mas não foi possível”. Ainda assim assegura que está optimista e encara o futuro com esperança.


Antigos dirigentes do UDV arriscam pena de prisão até três anos por dívidas ao fisco

Os dois ex-presidentes do União Desportiva Vilafranquense, outros três antigos dirigentes e o próprio clube, que estão a responder no tribunal de Vila Franca de Xira pela prática de crimes de abuso de confiança fiscal por dívidas às finanças, poderão ser condenados com penas de prisão até três anos ou multa até 360 dias. Os valores em dívida (175 mil euros) remontam ao período de gestão entre 1999 e 2004 e em causa estão valores de IVA que foram cobrados e declarados pelo clube mas que alegadamente nunca chegaram a ser entregues ao fisco. A próxima sessão do julgamento tem lugar a 7 de Fevereiro.


Campo do Cevadeiro vai sofrer obras


Durante este ano vão surgir novidades no complexo desportivo do UDV. No âmbito da requalificação da frente ribeirinha está prevista uma intervenção profunda a desenvolver no Cevadeiro, que inclui a transformação do campo pelado em sintético e a deslocalização do principal campo relvado 15 metros para a zona das escolas da Marinha. “Entre os dois campos vão ser construídos os novos balneários. Os actuais vão ser destruídos e nessa zona será instalada a bomba de gasolina. Estamos bastante agradecidos à câmara municipal porque esta é uma luta que já decorre há muitos anos”, refere Joaquim Pedrosa, presidente da direcção do clube. As primeiras obras no pelado deverão começar já em Março. Os responsáveis mostram-se confiantes numa conclusão das obras até Outubro ou Novembro deste ano.

Fonte: O Mirante

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