Presidente e vereadores entre os 35 multados durante reunião de câmara na Escola Reynaldo dos Santos. Moradores queixam-se de caça à multa nos estacionamentos junto a escolas de Vila Franca.
A polícia tem andado em cima do estacionamento abusivo em Vila Franca de Xira e nem o presidente da câmara e os vereadores escapam às multas. Alberto Mesquita foi multado na semana passada quando estava na reunião pública de câmara realizada na quarta-feira. Ao todo foram autuados 35 pessoas entre os quais os vereadores da autarquia, técnicos do município, jornalistas e pessoas que foram assistir à sessão que decorreu na escola Reynaldo dos Santos, numa zona onde é quase impossível arranjar lugares de estacionamento. Os moradores e comerciantes da zona dizem que os polícias andam a fazer caça à multa.
A 30 euros por cada multa a polícia contribuiu para as contas do Estado com 1050 euros. A moradora Ana Sousa diz que o que se passou na quarta-feira, 19 de Fevereiro, é uma “descarada caça à multa”, revelando que já foi multada duas vezes no último mês, sempre na hora de almoço, por ter parado o carro durante meia hora junto à sua habitação. “É indecente porque as pessoas para irem a casa comer precisam de estacionar, não é por ocupar um pouco da estrada durante meia hora que vou criar uma complicação de trânsito”, acusa.
Quem vive na zona perto do Ateneu Vilafranquense também diz que é frequente a polícia andar na zona a multar os carros mal estacionados. “A sede de multar é tanta que passaram-me a multa mesmo quando tinha o recibo do parquímetro pago e em situação legal. Fui à esquadra reclamar e não paguei. Por isto se vê como as coisas andam”, critica Pedro Oliveira. A polícia tem reforçado a fiscalização sobretudo junto a escolas e há 15 dias meia dezena de professores da Escola Secundária Alves Redol foi multada por estarem com os carros em cima do passeio.
Quem trabalha na escola diz deixar os carros no local “há décadas” por falta de alternativas mas que, de tempos a tempos, as multas aparecem. O mesmo se passa junto à escola Gago Coutinho em Alverca. Nuno Afonso que trabalha junto à Escola Alves Redol, diz que a polícia não liga “ao tráfico de droga à porta” do estabelecimento de ensino e que “é mais fácil multar carros do que apanhar criminosos”.
A PSP, contactada por O MIRANTE, não quis pronunciar-se sobre o assunto. Alberto Mesquita, presidente do município, considera que a polícia está a fazer o seu trabalho e a cumprir a sua missão. Mas nota que em determinadas situações a polícia deveria ter uma atitude mais benevolente, sobretudo numa cidade que não tem mais espaços para estacionamento.
Fonte: O Mirante
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