Gustavo Caldeira/Dayer regressa com um EP de 4 temas apenas com voz e piano, aqui fica a apresentação do mesmo:
"Aqui está o prometido novo trabalho! Um parêntesis entre «Popsody» e o que há de chegar em breve, sem que entre os 2ois exista alguma semelhança.
Este é um trabalho despojado e arriscado, a música é muito calma e tentei dar um toque clássico à coisa, especialmente nas 3rês canções instrumentais. Decidi que este trabalho seria só piano e voz e mais nada! Canções que envolvem apenas um instrumento e voz são para mim as mais difíceis de misturar porque ficam sempre perceptíveis alguns pequenos ruídos (o que não acontece nas canções que têm uma linha instrumental com bateria, baixo e guitarra porque abafam esses erros). A orquestra de preenchimento talvez salvasse a minha honra em diversas ocasiões mas este projecto assim despido mantém a sua essência inicial.
Levou.me algum tempo a terminar pelo facto de ter o outro projecto entre mãos, no qual me estou a dedicar de modo a que seja muito melhor que o anterior. Este também é o meu regresso à escrita na língua materna, algo que já não fazia há quase 3rês anos. Espero mesmo que gostem, tive muito prazer em fazê.lo, arrisquei bastante ao tentar compôr música instrumental tão específica, algo no qual não tinha qualquer experiência mas senti que queria fazer algo diferente do habitual.
Deixo em baixo as letras das únicas canções cantadas, para que quem não faça o download, possa pelo menos ficar a conhecer o teor literário.
Eu sei que o meu "grande regresso" será no próximo longa-duração em inglês, mas entretanto, espero que estas pequenas canções (que juntas somam cerca de 13 míseros minutos) vos levem a sentir que passei o teste. Mesmo que achem o resultado final uma grande treta, tenham sempre em mente que sou apenas «um» a empurrar o barco («Say Don't - Look What!» estará por aqui em finais deste ano ou, quem sabe, 2010 e estou a trabalhar de modo a estar à altura)."
Gustavo Caldeira
Podem fazer download do EP Aqui.
“Palanfrório em Lisboa”
Quando o céu se torna negro a cidade não dorme
Fica pintada de gente a estudar o que ocorre
Quem decide desvendar o que Lisboa diz
Fica sempre inconformado com o que esta lhe exige
Quando a horda cruza o bairro o palanfrório voa
Só para esconder a vergonha que não lhe abandona
Quem quiser queimar orgulho que se denuncie
Que ame a calçada que pisa e a história que a tinge
E não há quem exista sem ter esta cidade ao pé
Não vou reconstruir o que oculto
Se fez em mar devoluto
Justo em sua defesa existencial
Nitidamente forçado abandono esta terra
Durmo noutra mesmo ao lado que só serve de ama
Sei que é quase trair afastar.me daqui
Mas de agora a muitos anos morrerei aqui
Não há evolução se a vontade não partir de todos
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“Eléctrico Dezembro”
Onde estão?
Aqueles dias claros que em si são
Leves ténues reparos de atenção
Numa mente já esquecida então
Como é?
Ser livre e visitar a sensação
Para encontrar uma definição
Para explicar o que é viver
Sou corpo da cidade
Artéria em locomoção
Sou imagem da história
Ou mera ostentação
Onde estão?
Aqueles que sabiam de antemão
Que a verdade é só manifestação
De consciência pesada
Estou preso ao silêncio
Cercado pela cor da luz
E entregue ao passado
Tão escasso em soluções
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4 comentários:
Mas este gajo não se manca???
'o meu "grande regresso"'
vocês não compreendem a arte...
Deixem os "artistas" trabalharem ...
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