Está a aumentar em todo o concelho de Vila Franca de Xira a quantidade de pessoas que abastece o carro e foge sem pagar a conta. O aumento do preço dos combustíveis e o agravar da crise económica tem levado a que cada vez mais pessoas tentem fugir sem pagar. A maioria consegue.
Na última segunda-feira, dia 26 de Outubro, por volta das 18h00 foi registado uma nova situação em plena luz do dia e sob a vigilância das câmaras de segurança. Um carro de marca Renault e matrícula estrangeira abasteceu no posto da Galp de Vila Franca de Xira e arrancou a alta velocidade sem pagar a factura. “Olha mais um que fugiu”, lamentou a funcionária do posto de abastecimento segundos depois de ver os dois homens em fuga.
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Segundo apurou O MIRANTE em várias bombas de gasolina do concelho, da Castanheira do Ribatejo até Vialonga, o número de casos está a aumentar e já representa prejuízos na casa “dos milhares de euros”, segundo os patrões. “Eles são espertos, sabem que a partir das 20h00 as bombas são todas pré-pagamento e por isso chegam e abastecem às 19h00 ou 19h50. Depois fogem à vontade e não podemos fazer nada”, desabafa Vítor Fonseca, proprietário de uma bomba às portas da Castanheira do Ribatejo. “Desde Janeiro já devo ter perdido uns 3 000 euros em combustíveis”, garante. Segundo fonte da Polícia de Segurança Pública, só desde o princípio do ano já foram registados “mais de 150 roubos deste tipo”, ainda que os dados concretos sejam difíceis de obter. “E muita gente desiste de apresentar queixa”, lamenta a força policial.
Um funcionário da Galp de Vila Franca de Xira quis manter o anonimato e assegurou que a situação está “caótica” e que, em alguns casos, “são os funcionários que depois têm de suportar o custo do roubo, geralmente nunca abaixo dos 50 ou 60 euros por carro”, informa. O facto dos postos de abastecimento das principais marcas estarem sob orientação das “casas mãe” leva a que nem todos consigam colocar o sistema de pré-pagamento em funcionamento 24 horas por dia. “Isso iria, sem dúvida, resolver o problema, porque só ia abastecer quem pagasse primeiro”, refere Pedro Isidoro, empregado de um posto de abastecimento em Vialonga. “Aqui ainda é pior, enchem o tanque e fogem para a auto-estrada”, assegura.
Na cidade de Alverca a empregada Élia Costa já começa a conhecer os truques: “Às vezes entram apenas para comprar tabaco numa tentativa de nos despistar e depois fogem. Nesses casos somos nós que pagamos a conta”, lamenta. À nossa reportagem mostrou a matrícula de um carro verde que fugiu recentemente sem pagar e diz que o cenário está “a piorar bastante com a crise”.
Uma excepção à regra é o posto da Alves Bandeira de Alhandra, que em 11 anos apenas registou dois casos de fuga. “Nós somos um posto tradicional e aqui é o empregado que coloca a gasolina e isso faz a diferença. O que tem vindo a acontecer é as pessoas pedirem para abastecer e depois dizerem que não têm dinheiro para pagar. Mas nessas situações chamamos a polócia”, conta Vanda Ribeiro, gerente do posto a O MIRANTE.
A Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC) conhece o problema e nas suas estatísticas mostra que em 80% dos casos os roubos são feitos com recurso a matrículas falsas e carros roubados.
Fonte: O Mirante
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1 comentários:
Melhor k isto ja vi eu... Pagar e n abastecer lolololol
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