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Apesar de agora estarem na ribalta do futebol nacional, os dois tiveram percursos bastante diferentes. Ivan nasceu e morou no Parque Residencial de Vialonga desde sempre. Aos 11 anos foi descoberto numas férias desportivas por um olheiro do Benfica quando andava nos Os Patuscos, um clube da freguesia. “Desde novo que Ivan se destacava, andava sempre com uma bola e todos no bairro víamos que tinha uma qualidade acima da média”, afirma Telmo Cavaleiro, irmão mais velho de Ivan. A mãe, Sílvia Neves Abreu, ainda lhe chegou a pregar alguns ralhetes por estar a jogar à bola até tarde na rua.
Nem tudo correu de feição ao atleta de Vialonga quando chegou ao Benfica. Depois de se ter destacado no clube da Luz esteve emprestado ao clube da sua terra, ao Real Massamá e ainda ao Belenenses. “Na altura não tínhamos possibilidades de o ir levar aos treinos. Com 15 anos ia de Vialonga até Belém de transportes”, refere Telmo, que faz parte do lote de quatro irmãos do jogador.
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“Sempre teve um carácter de liderança e tinha uma capacidade técnica imensa que o possibilitava de, apesar de ser o jogador mais baixo da sua idade, driblar os adversários com facilidade”, concretiza o vice-presidente, não esquecendo o apoio essencial dos pais para o seu crescimento. No primeiro ano de júnior transferiu-se para o Feirense e completou a formação. Depois explodiu na 2ª Liga com dez golos e foi imediatamente sondado pelo Braga que o contratou.
O sonho do Mundial
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Rafa muito jovem no Alverca depois de representar o Povoense. |
Já Luís Trincalhetas admite que a chamada de Rafa à selecção não foi uma surpresa mas sim uma causa natural da sua evolução. “Acho que ele tem boas possibilidades de ir ao Brasil”, acrescenta o dirigente, que acha que a posição onde Rafa rende mais é a dez.
Aos jornalistas presentes após a sua primeira internacionalização, Ivan disse que não esperava ser titular apesar de Paulo Bento lhe ter dito para jogar sem pressão. Na privacidade, o jovem jogador confessou que não esperava que o grupo de estrelas portuguesas o recebesse tão bem e que fossem tão animados.
Ivan guarda as recordações na sua casa em Vialonga
“É um orgulho tanto para a família como para os amigos vermos que ele está a concretizar um sonho de criança”, diz Telmo, que não perde um jogo do irmão e que conserva cada artigo de jornal e medalhas que o atleta tem. “Até quando estava em Inglaterra pedia para guardarem tudo sobre ele”.
Uma oportunidade que podia mudar tudo
Na altura Rafael ficou chateado com o vice-presidente mas logo depois surgiu o Feirense. “O Feirense já era diferente e dissemos ao Rafa que era uma boa solução”, afirma o vice-presidente que pensa que agora o jogador já não deve estar zangado com ele. No percurso de Rafa o ex-treinador finca ainda que foi à Academia do Sporting treinar com o jogador mas disseram-lhe que como o Rafa havia muitos.
Fonte: O MIRANTE.
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