google.com, pub-5297207495539601, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Vila Espanca: Dois jovens do concelho chegaram à alta-roda do futebol nacional

Dois jovens do concelho chegaram à alta-roda do futebol nacional

Familiares e treinadores orgulhosos da chamada à selecção A de Ivan Cavaleiro e Rafa Silva. Os jogadores cresceram no concelho de Vila Franca de Xira e estrearam-se na semana passada ao lado de Cristiano Ronaldo e companhia. O MIRANTE foi falar com os familiares e treinadores dos atletas para conhecer melhor os seus percursos.




Há muito em comum entre Ivan Cavaleiro e Rafa Silva, ambos com 20 anos. Que são futebolistas profissionais e que se estrearam no dia 5 de Março pela Selecção A, já o país do futebol sabe. Mas há muita gente que provavelmente não tinha conhecimento que os futebolistas que representam o Benfica e o Sporting de Braga são do concelho de Vila Franca de Xira e que foi aí que começaram a dar os primeiros pontapés na bola e a construir uma amizade que perdura.

Apesar de agora estarem na ribalta do futebol nacional, os dois tiveram percursos bastante diferentes. Ivan nasceu e morou no Parque Residencial de Vialonga desde sempre. Aos 11 anos foi descoberto numas férias desportivas por um olheiro do Benfica quando andava nos Os Patuscos, um clube da freguesia. “Desde novo que Ivan se destacava, andava sempre com uma bola e todos no bairro víamos que tinha uma qualidade acima da média”, afirma Telmo Cavaleiro, irmão mais velho de Ivan. A mãe, Sílvia Neves Abreu, ainda lhe chegou a pregar alguns ralhetes por estar a jogar à bola até tarde na rua.

Nem tudo correu de feição ao atleta de Vialonga quando chegou ao Benfica. Depois de se ter destacado no clube da Luz esteve emprestado ao clube da sua terra, ao Real Massamá e ainda ao Belenenses. “Na altura não tínhamos possibilidades de o ir levar aos treinos. Com 15 anos ia de Vialonga até Belém de transportes”, refere Telmo, que faz parte do lote de quatro irmãos do jogador.

Com Rafael Silva a história é diferente segundo nos assegura o ex-treinador do jogador e actual vice-presidente do FC Alverca, Luís Trincalhetas. Rafa morou no Forte da Casa e começou a dar os primeiros toques no União Atlético Povoense. Logo depois passou para o clube alverquense e cedo se notabilizou apesar da sua baixa estatura. “O Rafa é um produto da formação do Alverca. Esteve sete anos connosco desde os infantis até aos juniores. Era o expoente máximo da sua geração”, diz Luís Trincalhetas. Rafael foi descoberto num jogo de escolas quando ainda actuava no Póvoa e teve uma ascensão meteórica.

“Sempre teve um carácter de liderança e tinha uma capacidade técnica imensa que o possibilitava de, apesar de ser o jogador mais baixo da sua idade, driblar os adversários com facilidade”, concretiza o vice-presidente, não esquecendo o apoio essencial dos pais para o seu crescimento. No primeiro ano de júnior transferiu-se para o Feirense e completou a formação. Depois explodiu na 2ª Liga com dez golos e foi imediatamente sondado pelo Braga que o contratou.


O sonho do Mundial

Rafa muito jovem no Alverca depois de representar o Povoense.
Há três anos, nem Ivan, nem Rafa, pensavam que iriam jogar ao lado de Cristiano Ronaldo e companhia. Chegaram no mesmo carro ao estágio da equipa portuguesa e hoje alimentam o sonho de ir ao Mundial no Brasil. “Uma hora depois de saber que estava convocado ele veio a casa e nem acreditava no que tinha acontecido. Para ele era um sonho representar Portugal”, conta Telmo, que foi a Leiria ver o jogo com amigos do jogador.

Já Luís Trincalhetas admite que a chamada de Rafa à selecção não foi uma surpresa mas sim uma causa natural da sua evolução. “Acho que ele tem boas possibilidades de ir ao Brasil”, acrescenta o dirigente, que acha que a posição onde Rafa rende mais é a dez.

Aos jornalistas presentes após a sua primeira internacionalização, Ivan disse que não esperava ser titular apesar de Paulo Bento lhe ter dito para jogar sem pressão. Na privacidade, o jovem jogador confessou que não esperava que o grupo de estrelas portuguesas o recebesse tão bem e que fossem tão animados.


Ivan guarda as recordações na sua casa em Vialonga

Quem conhece Ivan Cavaleiro sabe que ele mantém a humildade que ostenta desde criança. Apesar de já não viver em Vialonga, sempre que pode vem visitar a família e os amigos. É aqui que guarda as suas melhores recordações. As camisolas dos momentos mais importantes, como a estreia na Liga dos Campeões, está no guarda-fatos do seu quarto, enquanto que o prémio que ganhou como melhor jogador da segunda liga embeleza a sala de estar.

“É um orgulho tanto para a família como para os amigos vermos que ele está a concretizar um sonho de criança”, diz Telmo, que não perde um jogo do irmão e que conserva cada artigo de jornal e medalhas que o atleta tem. “Até quando estava em Inglaterra pedia para guardarem tudo sobre ele”.


Uma oportunidade que podia mudar tudo

Quando estava no primeiro ano de juniores e disputava a segunda divisão nacional de juniores com o Alverca, Rafael Silva recebeu uma oferta do Sacavenense que actuava na primeira divisão. “Ele quis aceitar a oferta mas nós rejeitámos a proposta porque não estávamos dispostos a perder o Rafa para um clube que só estava uma divisão acima de nós”, explica Luís Trincalhetas.

Na altura Rafael ficou chateado com o vice-presidente mas logo depois surgiu o Feirense. “O Feirense já era diferente e dissemos ao Rafa que era uma boa solução”, afirma o vice-presidente que pensa que agora o jogador já não deve estar zangado com ele. No percurso de Rafa o ex-treinador finca ainda que foi à Academia do Sporting treinar com o jogador mas disseram-lhe que como o Rafa havia muitos.

Fonte: O MIRANTE.

0 comentários:

 

Arquivo

LIKE BOX

Contador

Filosofia

Sempre a espancar desde 2006, Representamos o espírito inconformado da Velha Guarda de Vila Franca de Xira que permanece por gerações. Somos Independentes e Regionalistas, Somos o eco dos tempos de glória, Somos a tua voz
“Se há característica irritante em boa parte do povo português é a sua constante necessidade de denegrir e menosprezar o que é feito dentro de portas. Somos uma nação convicta de que nada de bom pode sair da imaginação do português comum e que apenas o que nos chega do exterior é válido e interessante.”