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Lions Like Zebra |
Às cinco da tarde de sábado, 18 de Outubro, hora marcada para o início da grande final do Riffest - Concurso de Bandas Jovens do Concelho de Vila Franca de Xira na sala de espectáculos da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense (SFRA), em Alverca, Futebol Clube do Porto e Sporting davam o pontapé de saída no jogo a contar para a Taça de Portugal que passava em directo na televisão, o que explicava a manifesta falta de público. Dentro da sala davam-se os últimos retoques no som e cá fora a esplanada ia-se compondo com a chegada gradual dos convidados, na sua maioria amigos dos músicos que ali estavam a concurso.
O ambiente era de serenidade e excelente disposição, com alguns nervos à mistura. Afinal estavam em jogo, para além do prestígio da participação, três prémios no valor de 1500, 1000 e 500 euros em material, a ser entregue às bandas que se classificassem em primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente. No final foi o grupo Lions Like Zebras quem fez a festa, seguido pelos Black Bombaim e pelos Monolith Moon em terceiro lugar.
“Já ganhámos 500 euros, isso é garantido! Pelo menos o terceiro lugar é nosso de certeza», dizia

Os Lions Like Zebras, uma formação composta por Ricardo Pereira na guitarra, João Pedroso na segunda guitarra e voz, Ricardo Catarino na bateria e voz e Ricardo Silva no baixo, juntaram-se em 2009 e decidiram dar esse nome à banda porque lhes “soou bem”, conta João Pedroso, que diz não se lembrar de quem foi a ideia originalmente.
A terceira e última banda chama-se Black Bombaim e é a mais antiga das três concorrentes, com os seus 12 anos. É também aquela que apresenta mais elementos em palco, sete: Rui Melo na percussão, Fernando Calhas no baixo, João Silva na bateria, David Almeida nas teclas, Mariana Rosa na guitarra, Gonçalo João na voz e Pedro Lameira na guitarra acústica e voz, sendo estes dois últimos os fundadores e principais compositores do grupo.
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Monolith Moon |
A hora das apresentações chegou finalmente e os Monolith Moon foram os primeiros a subir ao palco, seguidos pelos Lions Like Zebras e pelos Black Bombaim por último. Para cada banda estavam reservados 40 minutos para mostrarem os temas que escolheram para a final. Longe de estar cheia, a sala estava no entanto agradavelmente composta com a presença de algumas dezenas de apoiantes, amigos e familiares dos músicos que foram fazendo a festa e dançando.
Atentos estavam também os elementos do júri composto por Sérgio Lima, técnico do serviço de juventude da Câmara de Vila Franca de Xira, Telmo Lopes, músico e representante da ACIS neste painel, e Paulo Brissos, conhecido músico Vila-Franquense, cuja missão era julgar considerando critérios como a prestação em palco, a execução e a composição musical dos três concorrentes.
Entregues os prémios e aplaudidos os músicos participantes, era tempo de um primeiro balanço feito a quente daquela que foi a primeira edição de um festival que se pretende seja para continuar, como assegurou à nossa reportagem Fernando Paulo Ferreira, vice-presidente do municípioe um dos principais impulsionadores desta iniciativa: “Acho que o primeiro comentário vai para a excelente qualidade destas três bandas e até das outras seis que entretanto ficaram para trás nas eliminatórias, o que nos diz que estamos no caminho certo ao estimular os nossos jovens porque existe muito talento entre eles que merece ser apoiado e trazido ao conhecimento público”, afirma o autarca.
Uma voz a fixar
Na final da primeira edição do Riffest não houve propriamente vencedores e vencidos, uma vez que as três bandas presentes tinham já passado por um escrutínio de quatro eliminatórias que garantia a qualidade dos seus projectos. No entanto, a verdade é que os Monolith Moon tiveram de se contentar com um honroso terceiro lugar, atrás dos Black Bombaim e dos vencedores Lions Like Zebras, dando origem a uma daquelas pequenas-grandes injustiças que acontecem em todos os concursos de novos talentos, nomeadamente envolvendo bandas. Referimo-nos à voz de Sara Freitas, a vocalista dos Monolith e um dos inegáveis talentos que passaram pelo palco do festival, pese embora o terceiro lugar na classificação que a banda registou no seu todo. Sara Freitas é um nome a fixar...
Fonte: O Mirante
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