Segunda unidade hoteleira no município ribeirinho ribatejano envolve um investimento privado de cerca de três milhões de euros
As obras de construção do Hotel Rural da Boiça começaram recentemente nos arredores da cidade de Vila Franca de Xira. Trata-se da segunda unidade hoteleira construída no município depois da abertura do Lezíria Parque Hotel há perto de 18 anos.
No concelho ribatejano funcionam ainda algumas pensões de pequena dimensão, mas o alojamento hoteleiro tem tido uma evolução muito lenta no território vila-franquense, com alguns projectos previstos para Alverca, Castanheira do Ribatejo, Vialonga e Lezíria de Vila Franca ainda envoltos em problemas burocráticos ou adiados devido à crise económica. Na antiga Quinta da Boiça, a cerca de dois quilómetros de Vila Franca de Xira (próximo da localidade de Loja Nova), a empresa Boiça-Hotelaria e Turismo pretende, agora, investir cerca de três milhões de euros na construção de um hotel rural com 27 quartos duplos, restaurante, salão panorâmico, spa, piscina e sala polivalente para reuniões e congressos. Os trabalhos de demolição do edifício da antiga quinta rural (sem grandes valores patrimoniais, segundo os promotores) começaram nos primeiros dias de Agosto e a construção do hotel deverá estar pronta dentro de ano e meio.
O complexo criará cerca de 20 postos de trabalho e, segundo Armando Gama, proprietário da empresa, vai apostar num ambiente tranquilo às portas da cidade e numa vista "espectacular" sobre o Tejo e os campos da lezíria. No entender do empresário, que é também sócio da Pólo do Cabo Resort (empresa que pretende desenvolver um parque temático ligado às tradições ribatejanas junto ao extremo sul da Ponte do Marechal Carmona), o turismo tem grandes potencialidades na região, mas é preciso desenvolver uma oferta mais organizada e as unidades hoteleiras existentes estão frequentemente cheias e não chegam para responder à procura.
"Temos um tecido empresarial próximo e pessoas que vêm de fora e precisam de dormida e que, por vezes, acabam por ir para Lisboa", sublinha o promotor do empreendimento, considerando que esta é uma boa altura para investir, porque acredita que no final de 2010 a situação já estará diferente e que a economia não pode parar. O empresário de Vila Franca lamenta, contudo, todas as dificuldades e demoras na apreciação e aprovação do projecto, num processo que se arrastou por quase quatro anos.
Fonte: O Público
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