Os Rage Against The Machine quiseram derrotar um programa de TV. O público fez o que eles disseram. Novo single de Natal tem 17 vezes a palavra "fuck".
O desafio: impedir que o vencedor do "X-Factor", programa da TV britânica para talentos da canção, fosse, pelo quinto ano consecutivo, o vencedor do habitual duelo do single de Natal - a canção mais vendida na semana que antecede as festividades. A campanha começou no Facebook, lançada por um fã de Rage Against The Machine (RATM) em luta contra "a pop corporativa". A proposta: comprar a canção "Killing in the Name" (1992) e impedir a vitória esperada do ídolo adolescente Joe McElderry. A banda apadrinhou a iniciativa e a internet tratou do resto. Ontem os americanos foram confirmados como vencedores, com 500 mil downloads do tema (mais 50 mil que o rival). Afinal, o rap-metal pode ser natalício. Talvez não tanto como Bing Crosby mas, ainda assim, procurámos as semelhanças entre os RATM e o intérprete da canção mais vendida de sempre, "White Christmas".
“Killing in the Name” A canção tem servido tanto de hino para lutas anti-opressão como para adolescentes com dores de crescimento. Foi editada em 1992, no álbum de estreia do grupo, e atira-se aos males da sociedade americana, com óbvias referências ao Ku Klux Klan. Neste single natalício do ano no Reino Unido ouve-se a palavra “fuck” 17 vezes.
Guerrilha A palavra foi uma e outra vez utilizada para caracterizar a arte – leia-se rock – de quem assinou canções com nomes como “Freedom”, “Take The Power Back”, “Bullet in the Head” ou “Sleep Now in the Fire”. Apesar do culto que lhes é dedicado desde 1992 – mesmo com a pausa nas actividades entre 2000 e 2007 – nunca o sucesso do primeiro álbum se repetiu.
Revolução Zack de la Rocha (vocalista), filho de um mexicano herdeiro e seguidor de lutas zapatistas e de uma antropóloga com preocupações sociais agudas. Tom Morello (guitarrista), auto-proclamado anarquista de nascença. Os dois líderes da banda ditaram desde logo a verdadeira preocupação do colectivo: o activismo político explícito.
Protestos Os momentos mais marcantes dos RATM além-música estão nos sucessivos convites à revolta. Em 1996, no programa “Saturday Night Live”, actuaram com duas bandeiras americanas invertidas em palco; no Woodstock de 1999 queimaram outra; e em 2000, um concerto durante a convenção democrata terminou em protesto nas ruas.
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1 comentários:
RATM em grande!!!
Excelente iniciativa
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