Mais de treze mil militares norte-americanos estão no Haiti. Uma presença de peso que suscita dúvidas e críticas, tanto dos habitantes como de responsáveis políticos internacionais.
Para acalmar os ânimos, os Estados Unidos e a ONU concluíram um acordo, na sexta-feira, onde se esclarece que cabe às Nações Unidas a coordenação do auxílio internacional.
A população continua, no entanto, dividida. “Quero dizer aos americanos que são bem-vindos no meu país”, afirma um haitiano. Mas um outro questiona: “Não temos governo. Não sabemos onde está o presidente. Temos actualmente milhares de soldados norte-americanos no terreno e queremos saber qual é a missão exacta deles! Se estiverem aqui para nos ajudar a reconstruir o país, então não há problema. Mas, ao nível diplomático, vemos que há uma batalha entre os Estados Unidos, o Canadá e a França. Quem vai ganhar? Os derrotados são os haitianos.”
Apesar da necessidade de ajuda humanitária, a população não esquece a História e a ocupação norte-americana entre 1915 e 1934.
Ajuda humanitária ou ocupação militar? A desconfiança é alimentada pela imagem dos navios estacionados ao largo da costa ou pela forte presença militar nas ruas.
Fonte: Euronews
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