Joaquim Emídio destacou por isso, na apresentação deste primeiro volume, que “este roteiro escrito pelo Orlando Raimundo, aumenta a nossa auto-estima e valoriza o nosso bairrismo, o nosso amor a uma região que dá milho e trigo, mas também dá batatas e feijões. E tem um rio que é próximo das nossas aldeias da infância e tem uma charneca tão rica que eu lembro-me de andar por lá a comer as raízes das ervas. Eu acho que a tradição é aquilo que nós queremos que ela seja, independentemente daquilo que é escrito nos livros”, sublinhou o director de O MIRANTE.
Foi com esse sentimento que o autor pintou neste guia as cores, os cheiros e os contornos associados às tradições de todo um município. Neste primeiro volume da colecção, ficamos a conhecer mais sobre a Festa do Campo, da Lezíria e do Cavalo, na cidade de Vila Franca de Xira, mas também sobre o Xira Infantil, na Póvoa de Santa Iria, dedicado aos mais pequeninos. O guia faz ainda referência às principais romarias do concelho como as Festas do Sagrado Coração de Jesus, em Vialonga, a Romaria do Senhor da Boa Morte, em Povos, ou as Festas de São Marcos, na Calhandriz, as Festas de são João Baptista, padroeiro de Alhandra e Castanheira do Ribatejo e as Festas da Cidade e de São Pedro, em Alverca.
Orlando Raimundo não esquece também os sabores de fazer crescer água na boca e que tão associados estão ao Ribatejo. Na Feira dos Sabores e Saberes, em Vialonga, os visitantes podem provar a rica gastronomia e os bons vinhos da região, desfrutando ainda do artesanato regional.
Destaque neste guia para a “pioneira das festas tradicionais com mais forte ligação à cultura ribatejana, a popular Festa do Colete Encarnado, hoje o mais importante e mais emblemático cartaz turístico do Ribatejo”. A Festa Brava traz à cidade milhares de pessoas, para verem touradas, garraiadas, regatas no Tejo, fogo-de-artifício, música, provas desportivas, animação infantil, teatro de rua e ranchos folclóricos.
É esse o desafio que Orlando Raimundo deixa no ar com estes seus guias. “É preciso que as pessoas tirem da cabeça aquela ideia pré-concebida e que está completamente errada, de que Vila Franca é uma extensão de Lisboa. Há ali uma fronteira invisível que separa aquele território, seja na gastronomia, no património, nos museus ou nas festas e romarias… Há muito para descobrir. Por isso, vale a pena partir à descoberta de Vila Franca de Xira”, convida o autor.
Os guias “Vila Franca de Xira, Saber Mais Sobre…” vão ter uma periodicidade trimestral e o próximo volume vai ser dedicado às Linhas Defensivas de Torres Vedras.
Fonte: O Mirante Foto: Zélia Paulo Silva
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