Os moradores do antigo bairro clandestino da Pedra Furada, em Vila Franca de Xira, queixam-se do estado em que se encontram as habitações onde foram realojados pela câmara municipal, na rua António Sérgio, e reclamam obras de recuperação.
Quando o dedo de João Conceição toca na parede de um dos quartos da sua habitação, no bloco A da rua António Sérgio, em Vila Franca de Xira, cai de imediato um pedaço de tinta. Uma parte da parede está coberta de bolor e sempre que chove a água escorre por todo o lado.
A sua situação é semelhante a outra meia dezena de moradores do mesmo complexo habitacional onde foram realojados, pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, os ocupantes do antigo bairro clandestino da Pedra Furada, próximo das piscinas municipais. Os residentes queixam-se do estado em que se encontram as habitações onde agora vivem e reclamam obras de recuperação.
Quem aqui reside paga uma renda mensal à cooperativa de habitação Promocasa, que varia consoante os rendimentos do agregado familiar. As principais queixas são sobre infiltrações de água que fazem disparar os quadros eléctricos, falhas e fissuras na estrutura das habitações, entupimentos nas canalizações e de tinta a estalar das paredes.
Os residentes garantem já ter pedido várias vezes à autarquia e à Promocasa para procederem a reparações mas dizem que até hoje nada foi feito.
Contactada pelo nosso jornal a Câmara Municipal admitiu ter conhecimento de alguns dos problemas relatados pelos moradores e assegura já ter reportado o problema à Promocasa, no sentido desta intervir resolvendo as anomalias. Já quanto às infiltrações e a sua relação com o disparar dos quadros eléctricos a autarquia promete averiguar e proceder em conformidade.
“Nos dias de chuva a água escorre em fio pelo candeeiro do tecto do meu quarto e faz disparar o quadro. Já nem temos esse candeeiro a funcionar para não haver aqui um desastre mas temos de meter umas panelas na cama a apanhar a água”, relata Ana Sílvia, moradora, a O MIRANTE.
Quanto a João Conceição, seu vizinho, o problema é semelhante. “O guarda-fogo do exterior do prédio está todo a estalar. As águas escorrem e infiltram-se pelas paredes. a casa fica extremamente húmida, parece um frigorífico e isso é perigoso, às vezes o quadro eléctrico dispara por causa da humidade nas tomadas”, garante.
Para Paulo Santos, outro morador câmara e a Promocasa prometeram resolver o problema mas até nada foi feito. “Não resolvem nada nem fazem caso de nós”, lamenta. Na casa de Dália Alexandre o maior problema é na cozinha. “Chove pela janela, temos de meter uns trapos e uns chouriços de pano para absorver a água. Isto não se admite, porque viemos de uma casa que, não sendo boa, pelo menos não chovia lá dentro”, critica.
Fonte: O Mirante
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