google.com, pub-5297207495539601, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Vila Espanca: Instituições de Vila Franca de Xira inundadas com pedidos de ajuda

Instituições de Vila Franca de Xira inundadas com pedidos de ajuda


Não é fácil para as instituições do concelho de Vila Franca de Xira dar resposta ao constante aumento de pedidos de ajuda por parte de famílias carenciadas. O número é cada vez mais elevado e a crise não está a ajudar. Há quem não tenha dinheiro para um simples bilhete de autocarro.

Há cada vez mais pessoas no concelho de Vila Franca de Xira a precisar de ajuda, as instituições são inundadas com pedidos de apoio e a actual crise pode ainda agravar mais a situação. Esta foi uma das ideias passadas na última sessão do Observatório de Inovação e Desenvolvimento Local que decorreu na Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, na noite de quinta-feira, dia 27 de Janeiro, para debater a temática social.

“Hoje ligaram-me da câmara municipal para me indicarem uma pessoa que vinha de uma instituição onde está a tratar-se de um problema de alcoolismo. Tinha uma entrevista de trabalho na Castanheira do Ribatejo, mas não tinha dinheiro para pagar o transporte. Temos de dar resposta a estes pedidos”, começou por explicar a coordenadora da Cáritas Paroquial de Vila Franca de Xira, Carla Pereira.

A instituição faz este ano 25 anos e ajuda no concelho 256 agregados familiares, o que se traduz no apoio directo a 710 pessoas. O serviço de apoio domiciliário apoia 55 utentes e o centro de dia acolhe mais 30 pessoas. Um assistente espiritual, seis directores, dois voluntários e mais 14 funcionários prestam auxílio a nível de roupas, alimentos, saúde e outras situações que possam surgir. “Corremos sempre o risco de sermos enganados quando tentamos ajudar. Mas preferimos correr esse risco a ter de mandar alguém embora com fome”, diz Carla Pereira.

Também Carmen Pimenta, responsável pela Comissão Social da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira conta que tem cada vez mais pessoas a bater à porta em busca de auxílio, muitas vezes para poder comprar um simples bilhete de autocarro. “Todos os dias chegam à junta várias pessoas a pedir ajuda. Temos algumas que não têm dinheiro, outros casais enfrentam o desemprego ou apresentam situações de despejo”, explicou a técnica.

Nestes casos a junta encaminha os pedidos de ajuda para as diversas instituições do concelho, procurando as melhores respostas para cada caso a nível da procura de emprego, da habitação ou de cuidados de saúde. “Muitas vezes as pessoas que arranjam emprego acabam por desistir porque não têm dinheiro para pagar o passe social dos transportes para esse mês”, acrescenta Carmen Pimenta que tenta sempre procurar soluções para estes casos.

A técnica integra a Comissão Social de Freguesia que a par das restantes seis compõem o Conselho Local de Acção Social (CLAS) e a Rede Social que assinalou 10 anos em 2010. Trabalhar em rede, articulando as igrejas, as instituições, os parceiros da área da educação, da saúde, das forças de segurança é uma das missões da Rede Social que tem como principais objectivos para o biénio 2011-2013 ajudar a população idosa e dependente, promover a ocupação dos tempos livres, a qualificação e o emprego.

Em Vila Franca de Xira o bairro de Povos é um dos locais onde se encontram famílias em maior situação de pobreza. Ana Zilda, coordenadora do Projecto “Poder (Es)colher”, do Programa Escolhas, que se encontra sediado no Centro Comunitário de Povos desde 2004, procura promover a dinamização comunitária, apoiar as crianças e jovens na sua integração na sociedade e fomentar a interculturalidade. “A nossa ferramenta principal é levar as crianças e jovens a conhecerem-se a si próprias, mas também aos outros. E claro que também promovemos o conhecimento formal”, explica a técnica. O Projecto “Poder (Es)colher” pretende promover a inclusão escolar, profissional, familiar, comunitária e individual. Em 2010 foram abrangidos pelo projecto 262 beneficiários. “Neste momento estamos a precisar com alguma urgência de um professor em regime de voluntariado para um curso de alfabetização de adultos”, alerta Ana Zilda, que já conseguiu integrar na equipa técnica um jovem do bairro de Povos.

Fonte: O Mirante

1 comentários:

maha disse...

Há quem não tenha dinheiro para um simples pacote de vinho...

 

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