Operação da PSP deteve mulher que furtava peças de residências na cidade. Uma mulher foi detida pela Polícia de Segurança Pública e constituída arguida pelo tribunal de Vila Franca de Xira por alegadamente vender a casas de valores ouro que roubava em residências da cidade. Os valores furtados ascendem a oito mil euros. A força policial identificou algumas peças e devolveu-as aos proprietários.
Uma mulher com cerca de 40 anos, residente em Vila Franca de Xira, é suspeita de ter roubado ouro de várias residências da freguesia e de o vender depois em firmas de penhores e valores da cidade. Os valores furtados ascendem, segundo a PSP, a mais de oito mil euros.
A detenção foi feita em Janeiro pela Polícia de Segurança Pública, através da esquadra de investigação criminal. No seguimento da investigação policial foi possível localizar e devolver aos legítimos proprietários artigos em ouro no valor de cinco mil euros, mas a PSP ainda não conseguiu identificar os donos das restantes peças de ouro, que valem quase três mil euros. Os artigos entregues, segundo a PSP, foram recuperados e apreendidos no decorrer de uma investigação relacionada com furtos no interior de residências realizados na área de Vila Franca de Xira.
A mulher foi constituída arguida pelo Tribunal de Família e Menores de Vila Franca de Xira e vai aguardar julgamento com termo de identidade e residência. “Após diligências policiais foi possível chegar à autora dos factos, que entretanto tinha vendido os artigos recuperados numa casa de venda de valores em Vila Franca de Xira, como forma de escoamento e realização rápida de quantitativos monetários”, refere a força policial.
Na cidade de Vila Franca de Xira este foi o primeiro caso a ser registado pela Polícia. O negócio da compra e venda de ouro usado está a crescer em Portugal, tal como O MIRANTE noticiou no último Verão. Segundo dados da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) já existem em Portugal mais de cinco mil lojas autorizadas a exercer esta actividade. Além dos clientes que são meros investidores, o negócio tem crescido também graças à crise económica e à necessidade das famílias colocarem no prego as peças de ouro que têm para pagar as facturas mensais.
A maioria das empresas de compra de ouro usado recicla-o, vendendo-o no mercado internacional ou usando-o para criar novas peças de ourivesaria. A legislação que regulamenta a actividade tem mais de 30 anos e não prevê que seja dada uma autorização específica para o comércio de compra e venda de ouro usado, apenas sujeitando a licenciamento quem comercialize estes produtos. Entre as regras a cumprir neste comércio está a informação da actividade à Polícia Judiciária, bem como a exigência de identificação dos clientes que vendem o ouro usado.
Fonte: O Mirante
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